sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Atividade 4 - Aula com imagens








Introdução

A proposta desta atividade é trabalhar com os alunos o contato visual com a realidade objetiva do que foi o problema do saneamento em Belo Horizonte. As charges e fotografias abordadas incitam a pensar a respeito de quão sério foi o problema do saneamento básico na cidade, principalmente em relação à falta d’água, mas também em relação à poluição e até à ocorrência de enchentes. As imagens utilizadas foram retiradas do livro Saneamento Básico em Belo Horizonte: Trajetória em 100 anos Os Serviços de Água e Esgoto, editado pelo Centro de Estudos Históricos e Culturais da Fundação João Pinheiro em parceria com o Sistema Estadual de Planejamento.

Objetivos para o Aluno

Charges e textos jornalísticos são bons para demonstrar o contato cotidiano com o problema, além de apresentarem visões críticas da situação. A observação das fotografias ajuda a trazer para o presente a imagem objetiva do passado, tornando o conteúdo mais palpável para os alunos. O trabalho com imagens é sempre bom para despertar o interesse. As imagens serviriam como pretextos para iniciar uma série de discussões em sala de aula.

Conteúdos Específicos

História de Belo Horizonte, História ambiental.

Anos

6º e 7º (antigas 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental)

Tempo estimado

Uma aula de 50 minutos

Desenvolvimento

Primeiramente, serão exibidas as imagens 1 e 2, que são de uma reportagem de 1967 falando sobre a venda de um balde de água por 50 centavos que estava acontecendo no conjunto habitacional IAPI, e uma charge sobre a dificuldade para se conseguir água, respectivamente.

Imagem 1


Imagem 2


Nesse momento, deve-se buscar refletir com os alunos a respeito da extensão do problema do abastecimento de água nesse período, que atingia principalmente as camadas menos favorecidas da população belo-horizontina.

Em seguida, será mostrada a imagem 3, uma charge acompanhada da transcrição de uma conversa telefônica entre um cidadão e um atendente da prefeitura. Nesta conversa, o cidadão reclama sobre o prédio dos Correios, que, segundo ele, estaria sendo construído no bairro Jaraguá sem instalações de esgoto, o que estaria estragando o asfalto da rua. Esta charge é de 1975.


Imagem 3


É interessante para discutir com os alunos a persistência do problema da água e também para pensar sobre os danos que pode causar a má instalação sanitária. Os alunos devem ser incitados a pensar o porquê da falta de esgotos dos correios vir a estragar o asfalto. É o início da reflexão a respeito do esgoto (e do lixo), que sempre tem de ir para algum lugar. Ele não simplesmente desaparece e, quando o local de depósito é inadequado, sucede um problema de espaço e de contaminação.

As imagens 4, 5 e 6 tratam do rio Arrudas especificamente.


Imagem 4



Imagem 5

Imagem 6

A primeira mostra uma enchente ocorrida em 1983. Os alunos podem pensar sobre as diferenças entre a paisagem daquela época e a de hoje. As outras mostram as obras de alargamento e canalização do rio, que serviriam para evitar enchentes, além de esconder a realidade de degradação das águas. Os alunos viriam a pensar sobre a pertinência ou não de se realizar a canalização de um rio, algo que continua acontecendo até hoje, e sobre suas razões e sobre as alternativas à canalização.

A imagem 7 retrata uma manifestação de habitantes do Taquaril em 1989, mostrando aos alunos a persistência do problema mesmo 20 anos após a primeira reportagem. As camadas sociais mais pobres são sempre as mais prejudicadas e as menos atendidas pelas autoridades em suas demandas.


Imagem 7


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