domingo, 14 de dezembro de 2008

Atividades Opcionais:

Primeira atividade opcional: Leitura da obra “Oliver Twist”, de Charles Dickens

Fonte a ser trabalhada: a obra literária “Oliver Twist”. Para ver uma resenha do livro e outros dados visite um dos links abaixo:

http://www.travessa.com.br/OLIVER_TWIST/artigo/b08d641b-62d7-42fd-a016-1428143b1ecd

http://www.arcadovelho.com.br/Dikens/O_Espirito_do_Natal.htm

Também será utilizada nessa atividade uma reportagem atual. Na descrição do segundo momento existe a indicação de uma, mas ela pode ser substituída a critério do professor.

Duração: 1 a 2 aulas

Objetivo: Estabelecer comparações entre a obra “Oliver Twist” e o fenômeno da criminalidade infantil, ainda marcante na atualidade, em um contexto em que menor infrator é evidenciado como um sujeito atuante na sociedade, porém como um criminoso. Além de permitir que se situe historicamente um dos momentos de gênese desse fenômeno, a atividade possibilita um trabalho interdisciplinar com o professor de Língua Portuguesa, por ser o livro um representante do pensamento literário e social, do autor e da época, além de propiciar o exercício da capacidade de redação dos alunos.

Introdução: Além de permitir que se situe historicamente um dos momentos de gênese desse fenômeno, a atividade possibilita um trabalho interdisciplinar com o professor de Língua Portuguesa, por ser o livro um representante do pensamento literário e social, do autor e da época, além de propiciar o exercício da capacidade de redação dos alunos.

Sugestões: Outra possibilidade é trabalhar a obra em parceria com o professor de língua inglesa, já que a obra foi originalmente escrita nessa língua.

Descrição da atividade:

1º momento: é a leitura da obra. Recomenda-se que a leitura completa do texto seja sugerida aos alunos previamente. A critério do professor, pode-se recomendar a leitura de apenas alguns trechos do livro, em casa ou na sala de aula.

2º momento: é a comparação entre a linguagem literária e a jornalística e, por isso deve-se elaborar a atividade juntamente com o professor de língua portuguesa. Ao mesmo tempo, essa atividade permite que o aluno identifique diferentes contextos históricos e as continuidades e descontinuidades entre elas.


Resultados esperados e avaliações: essa atividade visa estabelecer um paralelo entre a abordagem literária da obra de Dickens e um texto jornalístico atual sobre o envolvimento de menores com o crime. Espera-se que o aluno saiba diferenciar não só os diferentes contextos históricos, mas também as linguagens utilizadas.
A avaliação será em feita em função da redação que o aluno produzir, podendo ser duas notas (uma para cada disciplina envolvida) ou nota única.


Segunda atividade opcional: Visita monitorada a Praça da liberdade.

Fonte a ser trabalhada: o espaço denominado Praça da Liberdade e o seu entorno.

Duração: uma manhã ou uma tarde. É importante considerar o tempo de deslocamento dos alunos até o local.
Objetivo: Levar o aluno a um espaço público, permitindo que ele o conheça ou aprofunde seu conhecimento em relação a esse espaço. Dentro do material essa atividade está destinada a trabalhar especificamente o espaço onde os diversos sujeitos atuam, já que outras atividades abordam os tipos de sujeitos e suas ações. A idéia é que o aluno identifica a coexistência dos múltiplos sujeitos nesse espaço.

Introdução: A Praça foi projetada para ser o centro de poder da cidade de Belo Horizonte, enquanto capital do Estado de Minas Gerais (já que a prefeitura não está na praça). Dessa forma, seria de se esperar que esse fosse um cenário quase exclusivo para a ação do sujeito oficial, principalmente os envolvidos na administração estatal e que a praça fosse apenas o espaço destinado aos que escutaram os discursos, aplaudiram os eleitos, etc. No entanto, ao longo dos anos essa expectativa vem se revelando pouco precisas, devido ao número crescente de manifestações ocorridas nesse espaço, de caráter ativo (como as passeatas, greves, etc) e não necessariamente em apoio ao poder instituído. Outra coisa que chama a atenção é relação que boa parte da população tem com a praça, e que muitas vezes exclui a presença dos edifícios do governo, por exemplo aqueles que tem na praça apenas seu local de lazer ou prática de atividade físicas, as noivas que a utilizam como cenário para seus álbuns de casamento, etc.


Sugestões: além de visitar a praça e observar as edificações que a cercam os alunos podem visitar os prédios da Biblioteca Publica Estadual e do Museu de mineralogia, enriquecendo ainda mais a visita. Sugerimos que o roteiro seja respondido no ambiente de estudo da biblioteca, convidando o aluno a repetir essa experiência e orientando sobre a possibilidade de utilizar mais vezes desse espaço e de seu acervo.

Descrição da atividade:

1º Momento (antes da visita): o professor deve explicar aos alunos porque eles visitaram esse lugar, dentro do tema que está sendo abordado. Para isso ele pode falar da trajetória da praça, desde sua construção, alguns acontecimentos que tiveram ali seu cenário e mesmo buscar a relação que os alunos e suas famílias já possuem com a praça. Ele deve também explicar que essa será uma visita diferente das que eles costuma realizar, pois objetivo não é apenas passear na praça e que existirá um roteiro para ser respondido. Abaixo alguns links que podem ajudar:

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=salaturista&tax=14917&lang=pt_BR&pg=5342&taxp=0&

http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/listapracaliberdade.asp

http://200.233.146.122:81/revistadigital/index.php/revistateste/article/view/3/4

http://www.forumseguranca.org.br/artigos/reminiscencias-da-policia-em-movimento

http://www.bocc.ubi.pt/pag/siqueira-wanir-da-liberdade-ao-planalto.pdf

http://www.mixbh.com.br/pliber.htm

2º Momento (durante a visita): o aluno devera responder as questões do roteiro durante a visita. Sugerimos que primeiro o professor leve os alunos a observar os jardins, dando destaque a maneira como eles estão organizados (permitindo a circulação, porém limitando o acesso rápido e linear apenas ao Palácio do Governo). Em seguida o olhar do aluno deve ser direcionado para as pessoas que estão na praça e para o que elas estão fazendo. Finalmente para as edificações que circundam a praça, sua função original e sua função atual. Um momento especial da visita é a observação das estátuas que estão entre a Praça e o prédio anexo da Biblioteca Estadual. Seu posicionamento e suas dimensões pretendem aproximar as figuras ilustres dos demais transeuntes, o que permite rica discussão sobre o tema em questão.

Roteiro para a visita monitorada:

Data da visita:
Horário de saída:
Horário de chegada:
Meio de transporte utilizado:

1)Observe atentamente a paisagem, em especial os jardins e anote suas observações:



2)Agora observe as pessoas e anote: quem está na praça? Fazendo o que? Por que você acha que essas pessoas vieram ate aqui? Você pode perguntar a algumas pessoas o motivo delas estarem aqui, se elas vêm sempre, se elas gostam da praça como está, etc. Depois anote sua opinião


3)Quem mais você acha que vem a praça, mas não está aqui agora? Por que você acredita que estas pessoas também viriam e porque elas não estão aqui agora?


4)Como são os prédios ao redor da praça? Que relação você acha que existe entre o formato do prédio e seu uso original? Pergunte ao se professor caso esteja em dúvida em relação ao uso de algum dos prédios.




5)Você acha que as pessoas que estão na praça estão atentas aos prédios? Para você o que isso indica? Lembre-se de que esses são prédios muito importantes para a administração do Estado.



6)Agora observe as estátuas e ouça atentamente o que seu professor tem a dizer sobre elas. Em seguida escreva quem está representado nessas estatuas e de que maneira eles estão representados.


7)Agora compare essas estátuas ao busto que você viu na praça. Qual a principal diferença? Porque você acha que essa diferença existe?


8)Para terminar, escreva em dez linhas quais sujeitos históricos usam e usaram a praça como cenário de suas ações e que ações são essas. Termine dizendo como você via praça antes dessa visita e como você a vê agora.

3º Momento (após a visita): sugerimos que os alunos entreguem os relatórios preenchidos, comentem entre si e com o professor o que mais gostaram, o que menos gostaram e, finalmente, debatam sobre o significado da transferência da administração do Estado para outro local, previsto para o ano de 2010 e sobre o impacto que isso terá para a praça. Para se informar melhor sobre esse assunto visite o site do Estado : www.mg.gov.br em especial a parte de noticias como essa:

https://www.mg.gov.br/portalmg/do/noticias?op=estruturaConteudo&opMenu=&coConteudo=55883&coSeqPagina=18&coSeqOrigemAcesso=1

Resultados esperados e avaliações: Espera-se que o aluno desenvolva sua capacidade de observação crítica do espaço, percebendo os múltiplos usos, apropriações e sentidos atribuídos a Praça da Liberdade.
As avaliações serão feitas a partir dos roteiros e da discussão final, em sala, após a visita.







Conclusão

Este material permite que o professor, empregando variadas fonte, discuta com seus alunos sobre que é ou não agente na história, levando o aluno a se situar entre os sujeitos históricos, ao lado de grandes personagens e de “ilustres desconhecidos”. É uma oportunidade rica de desenvolver habilidades, explorar novas fontes e aproximar a história conscientemente da vida cotidiana dos alunos, resignificando muitos conceitos.

Autores;

Euler Fernandes
Felipe Oswaldo
Geison Carlos
Gizélia Gomes
Tiago Sandes
Vinicius Figueiredo

Todos são alunos da graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais e desenvolveram esse material como trabalho final da disciplina Prática de Ensino de História I, ministrada pela professora REGINA HELENA ALVES DA SILVA, no segundo semestre de 2008.

Nenhum comentário: