Segundo Milton Santos o território só se torna uma categoria de análise quando o consideramos como território utilizado. “A partir desse ponto de vista, quando quisermos definir qualquer pedaço do território, devemos levar em conta a interdependência e a inseparabilidade entre a materialidade, que inclui a natureza, e o seu uso, que inclui a ação humana, isto é o trabalho e a política” (M. Santos, 2006). Em cada temporalidade histórica o território e usado de forma particular que obedecem a princípios gerais, como história particular e a história geral, o comportamento do Estado e da nação, etc. Em cada momento histórico essa utilização do território produz uma determinada divisão territorial do trabalho.
A partir da noção de que é possível - e revelador para o desenvolvimento do conhecimento histórico - uma análise das sociedades a partir da sua dialética com o território, a proposta do trabalho seria discutir o processo de formação do espaço geográfico da cidade de Contagem (MG), que foi importante “cenário” de conhecidas paralisações operários no ano de 1968. Procuraremos responder de que maneira a formação do espaço dessas respectivas regiões possibilitou a divisão territorial do trabalho e influenciou “a capacidade de agir das pessoas” (M. Santos, 2006) que estavam envolvidas nesses movimentos grevistas.
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