domingo, 14 de dezembro de 2008

Sexta atividade : Conhecendo sujeitos históricos próximos de nós


Fonte a ser trabalhada: essa atividade não usa nenhuma fonte específica e sim prepara os alunos para que eles produzam a próxima fonte a ser utilizada, ou seja, as entrevistas.

Duração: 1 a 2 aulas

Objetivo: Pretende-se nesse momento revisar todo o conteúdo trabalhado e preparar o aluno para as próximas atividades, nas quais ele vai se aproximar, conhecer e apresentar aos seus colegas um sujeito histórico que está próximo, porém não é reconhecido por muitos dessa forma e para a conclusão do trabalho, momento em que o aluno se auto-afirmará como sujeito histórico.

Introdução: Essa é uma atividade preparatória, por isso pode demandar mais de uma aula para ser realizada. É nela que o professor esclarecerá ao aluno sobre a maneira, os objetivos, os cuidados, as vantagens e desvantagens de se produzir e utilizar fontes orais, no caso, entrevistas.

Sugestões: É importante para a próxima atividade e ajudará muito o professor quando no momento da avaliação, que os alunos sigam um mesmo formato de entrevista. Por exemplo, todos deveram registrar o áudio com um gravador ou todos deveram anotar as respostas do entrevistado na integra, etc.

Descrição da atividade:

1º Momento: O professor fará uma explanação breve, com o objetivo de revisar todo o conteúdo trabalhado até aqui, ou seja, os vários sujeitos históricos existentes, o destaque e o reconhecimento que é dado a cada um de acordo com a situação, as varias formas de ação dos vários sujeitos, etc. Esse é o momento ideal para o esclarecimento de dúvidas: perguntas e comentários por parte dos alunos devem ser incentivados.

2º Momento:
O professor deverá convocar a turma a citar exemplos de pessoas da comunidade que realizam alguma tarefa em beneficio da sociedade. Deve-se então subdividir os alunos em grupos e sugerir que eles façam uma entrevista com estes personagens, que deverá ser transcrita e entregue. Se os alunos não conhecerem nenhum personagem com essas cararcterist5icas o professor deve provocar para que os educandos encontrem esses personagens na própria escola: professores, cozinheiros faxineiros e etc.

3º Momento
(fora da sala de aula): Os alunos deverão entrevistar tais personagens anônimos a partir de um roteiro de perguntas que posteriormente vão ser confrontadas na sala de aula.
A Entrevista deve se guiar por duas premissas: a história da vida da personagem e a entrevista temática sobre a atividade que a personagem realiza. Abaixo sugerimos um roteiro, que pode ser modificado ou substituído pelo professor ou mesmo pelos alunos. No entanto, para a próxima atividade, é necessário que ao menos parte do roteiro seja comum a todos os grupos.
Além da entrevista é importante que o aluno anote algumas informações em relação ao entrevistado:

Nome, Idade, Atividade que realiza
Local, horário, se houve interrupções, gestos, expressões, sinais de que o entrevistado estava ou não à vontade para responder
Comentários sobre alguma resposta ou de como o aluno se sentiu realizando a entrevista
O aluno deve fazer perguntas que não estejam no direcionamento do roteiro.

Roteiro da Entrevista

1.Como começou a exercer tal* atividade * (substituir pela atividade do entrevistado)?
2.Considera que aquilo que faz é importante para comunidade onde vive?
3.O que lhe motiva a exercer tal função social?
4.Você se percebe como oculto na sociedade? Ou como ativo para aqueles com qual convive?
5.Como você acha que os outros o vêem? Como oculto? Como ativo? Ou tenha a impressão que não o vêem?
6.Você se sente realizado em exercer tal função?

Resultados esperados e avaliações:
Espera-se que nesse momento o aluno já seja capaz de identificar os vários sujeitos históricos ou ao menos os locais e atividades onde esses sujeitos estão. Ou seja, que ele atribua a um nome ou a alguém que ele sabe desempenhar determinada função o título de sujeito histórico e que isso não ocorra apenas em relação aos sujeitos oficiais. Mesmo assim, caso isso não ocorra, o professor sempre poderá revisar, debater e esclarecer com um pouco mais de cuidado, ciente de que essa não é uma compreensão obvia e que as próximas atividades podem colaborar em outros aspectos, como o próprio reconhecimento do aluno dele mesmo como agente da história.
Sendo essa uma atividade preparatória sua avaliação deve estar voltada para a assimilação do conteúdo trabalhado até o momento e para a capacidade do aluno em operacionalizar esse conteúdo, identificando os sujeitos que estão ao seu redor e que serão o tema da próxima atividade.

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