domingo, 14 de dezembro de 2008

Oitava atividade: Eu como agente na história


Fonte a ser trabalhada: Novamente, nesse caso não há uma fonte especifica. Os alunos irão elaborar o projeto que concluirá a utilização desse material didático.

Duração: 1 a 2 aulas para idealização e número indefinido para a execução.

Objetivo: Propor aos alunos alguma iniciativa que vise melhorar o espaço social no qual vivem. Ou seja, é por em prática toda as discussões desenvolvidas durante o percurso e reafirmar os jovens enquanto sujeitos históricos ativos e participativos, capazes de atuar em prol de uma causa coletiva.

Introdução: Para que essa atividade seja efetiva e cumpra com seu objetivo será preciso que o professor trabalhe em conjunto com os alunos, mas os deixem conduzir o processo da forma mais autônoma possível. Dessa forma, o professor deve apenas auxiliar os alunos a desenvolverem a atividade que acharem mais pertinente e importante para eles, estando sempre atento para os rumos que a atividade seguirá para evitar resultados desagradáveis. Nesse sentido, a atividade não deve ser imposta pelo professor, pelo contrário, deve partir de um interesse dos estudantes. Assim, se o professor perceber uma total falta de interesse dos alunos pode optar por abandonar a atividade. Isso deve ser feito porque essa atividade poderá extrapolar o ambiente escolar e os alunos só se sentiram estimulados a dar continuidade a ela se houver um interesse real, uma demanda concreta sentida pelas próprias crianças.

Sugestões: O professor deve então procurar meios de fazer seus alunos expressarem alguma necessidade, por exemplo algo na própria escola com o qual eles não concordem e que queiram mudar. É importante que seja uma necessidade de cunho coletivo, para que a participação seja de várias pessoas, estimulando, assim, a capacidade das crianças em trabalhar em grupo em torno de um objetivo comum. Ela nem mesmo precisa ser concluída em algum momento, como indicamos na descrição da duração dessa atividade, podendo torna-se um projeto dos alunos, da escola ou da comunidade.

Descrição da atividade:

1º momento (fora da sala de aula): O professor fará inicialmente, uma caminhada pela escola ou pela região da escola. Tal caminhada terá o objetivo de despertar nos alunos a capacidade de perceber alguns problemas na região que normalmente não percebem. O professor poderá bolar um roteiro a ser preenchido pelos alunos durante a caminhada. Abaixo segue uma sujestão de roteiro.

Nome:

Local da caminhada:

Dia da caminhada:

Percepções:

a) Se você perceber algum problema nos lugares em que caminhamos anote nesse espaço.



b) Se você perceber algo que precisa ser mudado na região durante a caminhada anote nesse espaço.



O professor pode ainda fazer perguntas simples como:

a) Vocês sentem falta de alguma coisa aqui na escola?
b) Tem algo aqui na escola que você gostaria de mudar para melhorá-la?
c) Vocês percebem algum problema na região da escola que precisa ser mudado?

Com isso o professor provavelmente reconhecerá uma série de problemas que os alunos percebem na escola e no entorno.

2º Momento: Depois disso, o professor poderá selecionar, juntamente com os alunos ou por conta própria, um dos problemas apontados para serem o alvo da atividade. É interessante que seja selecionado um tema cuja solução é, ao menos, possível, para evitar que os alunos se envolvam com uma atividade impossível de ser concluída.
Feito isso o professor poderá então, junto aos alunos, buscar soluções conjuntas para o problema. As soluções poderão ser as mais diversas, e podem variar desde a criação de um blog para denunciar algum problema ou dar visibilidade para os alunos da escola até a formação de um pequeno grêmio estudantil ou a cobrança em cima da prefeitura para tapar um buraco na rua.

Resultados esperados e avaliações: Não é possível prever o final objetivo da atividade, entretanto, se concluída com sucesso, ela terá despertado nos alunos, de uma forma prática e concreta, a percepção de que são capazes de agir coletivamente para mudar, para melhor, seu meio. Dessa forma, eles se perceberão verdadeiros sujeitos históricos, agentes da história.

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